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Governo da Etiópia visita virtualmente o Centro de Excelência do WFP

Na última quinta-feira (12), o Governo da Etiópia foi recebido virtualmente pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil. Este é o segundo encontro dentro desta cooperação que visa auxiliar a Etiópia a transformar seu setor agrícola, principalmente através de políticas sensíveis à nutrição.

Em junho deve ocorrer uma visita presencial da delegação etíope ao Brasil, buscando aprofundar os conhecimentos trocados virtualmente até o momento.

Neste último encontro participaram 52 pessoas. Elas puderam tirar dúvidas sobre a experiência de alimentação escolar no Brasil, especialmente em temas como a estrutura legal do Programa Nacional de Alimentação Escolar, financiamento, capacidades institucionais, implementação e agricultura familiar.

Legenda: Estudo Etíope do Custo da Fome de 2013 revelou que cerca de 28% da mortalidade infantil nacional está associada à subnutrição. Foto: © WFPO

Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil recebeu o Governo da Etiópia para uma segunda sessão online de trocas virtuais na última quinta-feira (12). O objetivo da sessão foi aprofundar as discussões iniciadas no primeiro encontro, que aconteceu no dia 4 de maio, compartilhar experiências, tirar dúvidas e preparar as equipes para uma visita presencial do Governo da Etiópia a Brasília, prevista para junho deste ano.

O encontro contou com a presença virtual de cerca de 52 participantes, com funcionários do escritório de país do WFP na Etiópia, representantes do governo etíope nos níveis nacional e regional, representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e parceiros da organização Save the Children.

A parceria visa auxiliar a Etiópia a transformar seu setor agrícola, principalmente através de políticas sensíveis à nutrição, promovendo o compartilhamento de conhecimento e boas práticas entre o governo brasileiro e o governo etíope. Apesar de a Etiópia ter uma agroecologia diversificada que permite a produção de alimentos de diferentes variedades, boa parte de sua população ainda enfrenta insegurança alimentar devido à seca recorrente e outras razões variadas.

Para o responsável substituto pela Cooperação Sul-Sul Trilateral com Organismos Internacionais da ABC, Plínio Pereira, o encontro buscou proporcionar, de forma totalmente remota, uma visão geral sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e suas estratégias, além de dar continuidade a uma série de visitas presenciais que foram realizadas pela Etiópia ao Brasil desde 2012.

“A pauta da alimentação escolar sempre foi considerada prioritária e fundamental para o Brasil. Constatamos que, no cenário complexo em que vivemos atualmente, esse tema ganha ainda maior relevância em decisões estratégicas no âmbito dos fóruns internacionais como ferramenta efetiva de apoio aos países para mitigar os impactos do triste quadro do aumento da pobreza e da fome no mundo”, afirmou Plínio Pereira.

Estratégias - Durante o evento, participantes da Etiópia puderam tirar dúvidas e trocar conhecimentos com representantes do governo brasileiro sobre o material que detalha a experiência de alimentação escolar no Brasil, especialmente os vídeos produzidos com informações sobre o PNAE. Os vídeos que compõem a visita virtual ao Brasil abordam temas como a estrutura legal do Programa, financiamento, capacidades institucionais, desenho e implementação e agricultura familiar.

O Estudo Etíope do Custo da Fome de 2013 (Ethiopian Cost of Hunger Study, no original) revelou que cerca de 28% da mortalidade infantil nacional está associada à subnutrição. Alguns dos questionamentos levantados pela comissão do Governo da Etiópia estiveram relacionados à nutrição na primeira infância, inanição e como garantir a sustentabilidade financeira de um programa de alimentação escolar.

De acordo com o assessor internacional do PNAE, Bruno Silva, a alimentação na primeira infância é uma prioridade no Programa e baseia-se em boas práticas do Guia Alimentar para População Brasileira, do Ministério da Saúde, como, por exemplo, não ofertar alimentos com açúcar ou altamente industrializados para crianças menores de três anos. Sobre sustentabilidade financeira, a recomendação do assessor é garantir leis que prevejam um orçamento para programas ligados à alimentação escolar.

No encerramento da visita, o diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, Daniel Balaban, destacou o esforço do governo etíope em implementar uma abordagem de agricultura sensível à nutrição. “Uma maneira de fazer isso, é vincular os programas de alimentação escolar à agricultura familiar. Este é um dos maiores desafios destes programas em todo o mundo, mas é também uma das medidas mais eficazes para criar impacto em múltiplos setores”, acrescentou o diretor.

O ministro da Agricultura da Etiópia, Melese Mekonnen, também agradeceu, ao final do encontro, o esforço da equipe do WFP e do governo brasileiro na parceria e por responderem as questões do governo etíope sobre alimentação escolar. “A visita tem sido uma grande oportunidade para todos nós”, finalizou.

Visita presencial - O objetivo da visita presencial a Brasília pela delegação da Etiópia, prevista para o mês de junho, é compartilhar as experiências de alimentação escolar no Brasil, de liderança nutricional e conhecimentos de programação no setor agrícola, bem como boas práticas do PNAE, que são relevantes para apoiar a política Etíope de Agricultura Sensível à Nutrição (NSA, em inglês).

Os temas abordados nas visitas de intercâmbio de experiências serão utilizados como insumos e guias para que o Ministério da Agricultura da Etiópia desenvolva uma sólida estrutura institucional para promoção da nutrição, projete intervenções nutricionais apropriadas e aumente os recursos para apoiar iniciativas sensíveis à nutrição, agricultura e alimentação escolar.

Mais informações sobre a “Visita de Estudos Virtual: Brazil” e a solicitação de encontros virtuais podem ser acessados aqui.


Fonte: ONU

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