top of page
Buscar

​Flores da Amazônia irão percorrer seus dias em 2022


Apuí, Araçá-boi, Helicônia, Orquídeas, a icônica Vitória-amazônica, entre outras, foram ilustradas pelo quadrinista Pablito, a partir de fotografias dos ambientalistas Carlos Durigan e Diogo Lagroteria.

Depois de um ano com tantos desafios, especialmente nas áreas da saúde, meio ambiente, populações tradicionais, educação, trabalho e segurança social, a agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real acredita que é na superação e na resistência que encontramos a esperança para prosseguir a caminhada em defesa da região amazônica e de seus povos. 


É fundamental lembrar que 2021 foi mais um ano de muito esforço e sensibilidade dos jornalistas para relatar, sob a forma de reportagens, os ataques e os descasos que atingem a Amazônia, durante a pandemia da Covid-19 e os descasos do governo Jair Bolsonaro (PL). 


Estivemos o tempo todo na linha de frente, relatando e contando muitas histórias, para que não sejam apagadas e nem invisibilizadas. Fomos testemunhas de muitas violações de direitos e as registramos para cobrar a justiça social e menos desigualdade na comunicação com os povos tradicionais. Leia a nossa Retrospectiva 2021. 


O ano de 2021 foi de reconhecimentos importantes para a Amazônia Real, que completou 8 anos de fundação, mantendo-se firme na sua missão. Um deles, sob a homenagem às suas fundadoras, simbolizando a importância da agência no jornalismo brasileiro. As diretoras Elaíze Farias e Kátia Brasil foram homenageadas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) no 16º congresso da entidade, e ganharam um documentário sobre as respectivas trajetórias. Com isso, tornaram-se as primeiras jornalistas indígena e negra a receber a deferência dessa associação nacional. Veja o documentário realizado pela cineasta Carolina Fernandes.


Outros reconhecimentos vieram ao longo do ano, como o segundo lugar no 10º Prêmio Amaerj Acioli de Direitos Humanos, com a série especial “Ouro do Sangue Yanomami” e o Prêmio Comunique-se, na categoria Sustentabilidade para Kátia Brasil. Com as premiações, a jornalista conquistou a segunda posição no ranking dos jornalistas mais premiados no Brasil, numa iniciativa do Portal dos Jornalistas.


Em 2021, a Amazônia Real implementou os 8 indicadores de credibilidade do The Trust Project, dos Estados Unidos, e passou a fazer parte de uma rede global de mais de 200 veículos noticiosos comprometidos com o jornalismo transparente e socialmente responsável.


A agência também participou, pela segunda vez, da pesquisa Ponto de Inflexão Internacional, realizada pela organização espanhola Sembra Média, que entrevistou neste ano 201 líderes de organizações de mídias digitais em 12 países da América Latina, do Sudeste Asiático e da África.


Para celebrar as conquistas junto às leitoras, os leitores e os colaboradores, a agência produziu, pela segunda vez, o calendário dos 12 meses do ano, com ilustrações do quadrinista Pablito. O calendário de 2022 foi baseado nas fotografias dos ambientalistas Carlos Durigan e Diogo Lagroteria. As imagens são de flores da Amazônia, registradas em várias regiões como as serras de Roraima e os rios Içana, Negro, Purus e na foz do Amazonas. 


Apuí, Araçá-boi, Helicônia, Orquídeas, a icônica Vitória-amazônica, entre outras, trazem o olhar sensível dos ambientalistas, aliada à estilização da beleza da natureza amazônica, para ser impressa no cotidiano de cada um de vocês, ao longo do ano vindouro.   


Para o ambientalista Carlos Durigan, o Brasil faz parte do seleto grupo de países megadiversos, aqueles que detêm em seus territórios a maior parte das milhões de espécies de seres vivos do planeta. Dentre as plantas, algas e fungos, estão registradas no Brasil aproximadamente 46.000 espécies; destas, em torno de 33.000 são de plantas que produzem flores e frutos, as chamadas Angiospermas. “Estima-se, ainda, que na Amazônia brasileira estejam pelo menos 1/3 desse número, com quase 12.000 espécies de angiospermas já registradas para o Bioma no Brasil”.


Durigan reconhece que as plantas com flores estão no topo da evolução das espécies vegetais e que sua diversidade é proporcional às formas de interação destas com outros seres vivos, visto que muitas dependem da interação com animais diversos para sua reprodução e dispersão de sementes. “É uma riqueza de formas de vida e interações que precisamos conhecer e cuidar”, afirma o ambientalista.


Desejamos que as imagens das flores amazônica, com suas formas e cores, simbolizando a resiliência e a força de viver das flores, criem um momento de reflexão diária, que fortaleça a esperança e a confiança no viver, em traçados simples, que espelham a harmonia, a beleza e a paz reinante na floresta, doadora de vida para o país e para o planeta.  


Agradecemos pelo apoio na identificação científica e popular das flores os seguintes pesquisadores: Mahira Pombo; Elisa Wandelli; Cristiano Medri; Valdely Knupp; Ricardo Perdiz; Juan Revilla e Moacir Biondo.


Também colaboraram com a produção do calendário: Alberto César Araújo, Elvira Eliza França, Elaíze Farias, Cecília Costa e Cristina Camargo.


Enviamos um agradecimento especial às apoiadoras e aos apoiadores da campanha de doação pelo “Catarse”, que, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia,

continuam financiando o jornalismo independente. 


O calendário com as ilustrações de Pablito está em dois formatos:

Em PDF, que poderá ser impresso em papel reciclado, está neste link.

Acesse também a versão PNG neste link.


As flores ilustradas estão na ordem mensal:

Janeiro: Araçá-boi (Eugenia stipitata); Foto de Carlos Durigan;

Fevereiro: Rubiaceae (Paulicourea sp); Foto de Diogo Lagroteria;

Março: Ananarana-encarnada – (Aechmea fernandae); Foto de Carlos Durigan;

Abril: Vitória-amazônica ou Aguapé-açu (Victoria amazonica); Foto de Diogo Lagroteria; 

Maio: Orquídea (Cattleya eldorado); Foto de Carlos Durigan;

Junho: Apuizeiro (Ficus sp); Foto de Diogo Lagroteria;

Julho: Helicônia (Heliconia rostrata); Foto de Diogo Lagroteria;

Agosto: Chuva-de-ouro (Lophantera Iactescens); Foto de Carlos Durigan;

Setembro: Orquídea – Epidendro (Epidendrum secundum); Foto de Carlos Durigan;

Outubro: Clusiaceae (Clusia sp.); Foto de Diogo Lagroteria;

Novembro: Ericaceae (Bejaria sprucei); Foto de Diogo Lagroteria;

Dezembro: Orquídea (Cattleya violacea); Foto de Carlos Durigan.

Produção do Calendário


Quem é quem


Pablito Aguiar é quadrinista. Vive e trabalha em Alvorada, no Rio Grande do Sul. Desde 2016 escuta histórias de pessoas e as transforma em quadrinhos. Atualmente, está entrevistando moradores de Porto Alegre para a série “Fala que eu Desenho”, publicada na a Revista Digital Parêntese, e para o seu novo livro “Conversas em Quadrinhos”.

Diogo Lagroteria é veterinário, fotógrafo e ambientalista. Vive na Amazônia desde 2005, atuando nas áreas de manejo e conservação de fauna. Diogo, ainda criança, demonstrou interesse pela fotografia e a utiliza no seu trabalho diário, ajudando na divulgação científica e ambiental. Atualmente, trabalha no Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica – CEPAM/ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).


Carlos Durigan é de Jaboticabal (SP), radicado na Amazônia há quase 30 anos. É geógrafo e mestre em Ecologia, e conselheiro da agência Amazônia Real. É um pesquisador engajado em diversas ações voltadas à conservação da biodiversidade, à criação e implementação de Áreas Protegidas. Participa de pesquisas multidisciplinares envolvendo estudos e trabalhos de campo em biodiversidade e sociodiversidade para subsidiar ações em Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Atua em diversos fóruns e redes na Amazônia. Atualmente é Diretor da WCS Brasil (Associação Conservação da Vida Silvestre) e conselheiro da agência Amazônia Real.


Comments


bottom of page