No último post do blog do Trata Brasil fizemos um panorama das 10 melhores cidades do Ranking do Saneamento 2020, neste post iremos citar as 10 piores nos indicadores de água e esgoto.
Dos dez piores municípios do Ranking, três localizam-se no estado do Pará, dois no Rio de Janeiro, um em Pernambuco, um no Rio Grande do Sul, um no Amazonas, um em Rondônia e um no Amapá.
Quando falamos em acesso a abastecimento de água tratada, a média nos 100 maiores municípios em 2018 foi de 93,31% da população, sendo maior que a média brasileira é de 83,6%. Dos dez municípios mais mal ranqueados, apenas três possuem mais do que 90% de atendimento. Além disso, quatro municípios possuem níveis de atendimento próximos ou inferiores a 50%: Macapá (AP), Porto Velho (RO), Santarém (PA) e Ananindeua (PA).
Em relação ao esgotamento sanitário, em 2018, o Brasil despejou na natureza 5.715 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento por dia, sendo 2 milhões por ano. De acordo com o estudo, o indicador médio de coleta de esgotos nos 100 maiores municípios foi 73,30%. No geral, os 100 piores municípios possuem coleta de esgoto bastante inferior à média do Brasil, que foi de 53,15%. Ananindeua (PA) é o município mais próximo de 0,0% quando falamos em coleta de esgoto, com 2,05%. Além deste, outros cinco municípios coletam menos que 15% do esgoto que descartam: Manaus (AM), Belém (PA), Santarém (PA), Porto Velho (RO) e Macapá (AP). Nota-se que os 3 municípios paraenses localizados embaixo da tabela, apresentam menos de 15% de coleta de esgoto.
Já a média do tratamento de esgotos nos 100 maiores municípios em 2018 foi de 56,07%. Ou seja, as piores cidades tratam muito pouco comparadas com a média do país. No entanto, em ambos os casos, o indicador está baixo mostrando ser um dos maiores desafios a serem enfrentados. Dos 10 piores municípios do Ranking, apenas 3 tratam mais que 15% do esgoto produzido. É o caso de Gravataí (RS), Manaus (AM) e Macapá (AP).
As perdas de água, que ocorrem a partir de vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (famosos “gatos”), entre outros problemas, registrou indicador médio nas 100 maiores cidades de 34,40%, o que representa um valor abaixo da média nacional de 38,5%. Neste indicador, apenas dois municípios possuem menos que 40% de perdas, número já considerado alto, é o caso de Jaboatão dos Guararapes (PE) e Belém (PA). Manaus (AM) e Porto Velho (RO), ambos localizados na região Norte, são os piores municípios no setor, com números próximos aos 75%.
Os municípios citados no texto precisam investir mais nos sistemas de abastecimento de água e coleta de esgoto, que, por consequência, impactam diretamente na qualidade de vida da população. Com os atuais índices, há diversos prejuízos socioeconômicos que tornam essas cidades as dez piores no saneamento básico de 2020.
Para saber mais sobre o estudo acesse:
Fonte: Trata Brasil