No 53º aniversário do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), deputados comemoram o crescimento econômico do Amazonas – cinco vezes maior que a média nacional – e defendem a manutenção dos incentivos mesmo com o destrave de alternativas que possam fortalecer a economia do Amazonas.
Para os deputados Josué Neto, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), e Adjuto Afonso, mesmo com o processo de implantação alternativas econômicas ao modelo, como produção de biocombustíveis, por exemplo, a Zona Franca de Manaus ainda é o motor principal da economia e a fonte de renda de centenas de famílias amazonenses.
Levantamento recente baseado no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC), que é uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), revelou que o Amazonas teve crescimento de econômico de 4,61%. Número cinco vezes maior que a média nacional dos Estados que foi de 0,89%. Isso graças a Zona Franca de Manaus.
“Nós manauaras, amazonenses, pessoas de bem, que amamos o Amazonas, devemos lutar sempre pelos incentivos e vantagens comparativas do modelo Zona Franca de Manaus que dão sustentação à nossa economia” disse Josué Neto, defendendo também a necessidade de continuar trabalhando por alternativas econômicas como a produção de etanol a partir do milho, a exploração do potássio na região de Autazes e Nova Olinda do Norte, e outros recursos naturais gás, petróleo e minerais como o nióbio.
“Isso é o nosso futuro. São essas novas alternativas que vão aos poucos substituir as vantagens comparativas da Zona Franca. Porém, em nenhuma hipótese podemos deixar de lutar para que a Zona Franca continue sendo a principal fonte da nossa economia”, pontuou Josué Neto.
Para o deputado Adjuto Afonso (PDT), a ZFM deve ser comemorada e defendida, mas também deve receber o apoio de novas matrizes econômicas, para consolidar ainda mais a economia do Estado. “O Polo Industrial hoje sustenta a economia, mas se o tivermos de forma mais consolidada, com todas as subvenções, podemos partir, em paralelo, pra outra atividade, e o Amazonas vai ser um Estado bem mais promissor. É nosso dever defender as políticas da Zona Franca de Manaus, porém, pensar também na necessidade de exploração de novas matrizes econômicas no Estado”, analisou Adjuto Afonso.
A deputada Therezinha Ruiz (PSDB) pede a união de esforços e o reconhecimento dos efeitos do modelo, na proteção do meio ambiente. “A Zona Franca de Manaus tem sido ao longo desses 53 anos, o sustentáculo da economia e do desenvolvimento social do Amazonas, e precisamos estar unidos para defender o fortalecimento desse modelo, com a manutenção dos incentivos fiscais e políticas de investimento, que garantam a competitividade do Polo Industrial, atraindo novas empresas, para gerar emprego e renda aos amazonenses. Além disso, o desafio é incorporar os avanços tecnológicos, com a utilização dos recursos da biodiversidade amazônica, aproximando o modelo econômico da realidade regional, e nesse sentido as Universidades e os nossos jovens, formados nas diversas áreas do conhecimento, podem dar uma significativa contribuição”, comentou Therezinha Ruiz.
O momento é de comemoração, mas sobre tudo de reflexão, aponta o deputado Abdala Fraxe (Podemos). “Nesses 53 anos de Zona Franca de Manaus, é imprescindível a reflexão de que todos nós enquanto sociedade, parlamento, governos temos o dever de lutar por políticas públicas que resultem em avanços, modernizações e, principalmente, maior segurança jurídica para os investimentos. Com isso, a manutenção e a criação de emprego e renda para a nossa população estarão garantidas. Não há dúvidas de que o nosso modelo econômico, nesse pouco mais de meio século, já obteve muitas conquistas, mas que nos próximos anos tenhamos ainda mais desafios superados e desenvolvimento para a principal mola propulsora do nosso Estado”, afirmou Abdala Fraxe.
Sobre a ZFM
A Zona Franca de Manaus (ZFM), foi criada em 6 de junho de 1957, no Governo Kubitschek, sendo implementada no Governo Militar dez anos depois, em 1967. Seu faturamento em 2019 foi de R$ 73,92 bilhões, o modelo emprega mais de 90 mil industriários.
Fonte: Aleam