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“São criminosos agindo sob o manto do Estado”, diz Humberto sobre Lava Jato


Foto: Alessandro Dantas

Em nova matéria da série #VazaJato, o site The Intercept confirmou nesta quinta-feira que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato usaram a imprensa para forçar e manipular delações. Segundo o site, “a Lava Jato vazou sim informações das investigações para a imprensa — às vezes para intimidar suspeitos e manipular delações”. A denúncia desmascara definitivamente Deltan Dallagnol que sempre negou a existência de vazamentos.

“Os procuradores da Farsa a Jato negavam que fossem a origem dos vazamentos. Agora, todos sabem que eles passavam informações à imprensa para extorquir delações”, afirmou o senador o líder da bancada do PT Humberto Costa (PT-PE). “São criminosos agindo sob o manto do Estado”, sentenciou Humberto, cobrando posição do Conselho Nacional do Ministério Público sobre a prática dos procuradores.

“Santa” inquisição

Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), vice-líder da bancada do PT no Senado, a nova denúncia do site The Intercept evidencia a ação de conluio nos porões da Lava Jato. “A Lava Jato se especializou no combate à corrupção de forma criminosa. Sendo corruptos! Corrompendo delatores, meios de comunicação, agindo em conluio. Eles tripudiaram a lei”.

“Não se combate crime, cometendo crime”, ressaltou o senador.

“É preciso que a Justiça investigue este escândalo imediatamente”, advertiu o senador Paulo Rocha (PT-PA) em suas redes sociais. “De todas as denúncias do site The Intercept sobre a Lava Jato, até o momento, esta é uma das mais graves”, completou. “Já se sabia que não eram impessoais nem isentos”, disse o senador Jaques Wagner (PT-BA), também referindo-se às mensagens divulgadas ontem pelo jornal Folha de S. Paulo.

“É hora de dar um basta!”

“Os integrantes da força-tarefa da Lava Jato deveriam ser os primeiros a zelar pelo sigilo das informações de processos judiciais. Inacreditavelmente, são os primeiros a promover vazamentos para induzir delações de suspeitos e manipular a opinião pública”, adverte o senador Jean Paul Prates (PT-RN). Para ele, “as instituições do Judiciário, incluindo a Procuradoria Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público, não podem ficar silentes diante de tantos abusos e violações. É hora de dar um basta!”.


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