O ministro da Justiça Sérgio Moro deu mais um passo em sua campanha de ataques ao jornalista Glenn Greewald. Como ainda se acha “à frente” da Lava Jato, mandou publicar a Portaria 666 para facilitar processo de deportação. O texto prevê, entre outras coisas, deportar sumariamente pessoas “perigosas”, ou seja, contrarias aos interesses do (seu) governo.
“Depois de prender os #HackersDeTaubaté com uma Operação Tabajara e anunciar o cometimento de uma série de irregularidades, @SF_Moro baixou uma absurda portaria que atenta contra os princípios mais sagrados da nossa Constituição e em que consagra o terrorismo de Estado”, denunciou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da bancada do partido no Senado Federal.
A medida foi classificada como um “ato terrorista” pelo jornalista Glenn Greenwald, também em sua conta no Twitter. Segundo o jornalista, Sérgio Moro decidiu publicar aleatoriamente uma lei sobre como os estrangeiros “que tenham praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”, podem ser sumariamente deportados ou expulsos do Brasil. “Isso é terrorismo”, disse ele.
“O que nos causa espanto é o senso de oportunidade do senhor ministro da Justiça, de editar um documento com esse conteúdo, no exato momento político em que o debate que ocorre no Brasil relaciona-se com sua total animosidade em relação a um jornalista em específico, que mora e trabalha no Brasil”, denunciou em nota a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
Leia a íntegra da nota da ABJD
Em sua manifestação, o senador Humberto Costa questionou “o que há por trás da ameaça de deportar ou repatriar sumariamente do Brasil cidadãos estrangeiros?”. Isso tem cara de tentativa de intimidação direta ao jornalista @ggreenwald por tudo o que vem publicando no @TheInterceptBr sobre a sujeira de Moro e seus comparsas da Lava Jato”, concluiu.
Segundo Humberto, por meio da Lei de Acesso à Informação, a bancada está solicitando o processo que deu origem a esse aberrante ato. Paralelamente, também foi protocolado um projeto de Decreto Legislativo para cassar a medida. “Essa medida canhestra só poderia prosperar num governo fascista como o de Jair Bolsonaro”, denunciou o senador petista.
Fonte: PT no Senado - por Fernando Rosa