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Jair Bolsonaro privatiza 35% da distribuidora da Petrobras


Reprodução - Agência Brasil

Jair Bolsonaro (PSL) está determinado na sua sanha de destruir o patrimônio do povo brasileiro. Símbolo da soberania nacional e uma das principais riquezas do país, a Petrobras entrou de vez na mira do desgoverno entreguista que decidiu, nesta terça-feira (23), privatizar 35% da BR Distribuidora, subsidiária responsável pela distribuição de combustíveis derivados de petróleo, segundo informações do G1.

Com essa venda, a Petrobras passa a deter somente 37% das ações da empresa, que é a maior distribuidora do Brasil, com postos de combustíveis em todos os estados e mais de 27% de participação no mercado, de acordo com reportagem do Terra. Em 2017, sob o governo golpista de Michel Temer (MDB), a petroleira brasileira já havia vendido 29% das ações – até então, a BR Distribuidora era 100% estatal.

E como era de se esperar do desgoverno subserviente de Bolsonaro, a negociação de cerca de R$ 9,6 bilhões envolveu bancos do Reino Unido, Canadá, Suiça e principalmente dos Estados Unidos – Merril Lynch, Citi, Credit Suisse, JP Morgan, Santander, Itaú e XP. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, criticou a decisão de Bolsonaro e alertou que a privatização faz parte de um “esvaziamento deliberado” da estatal.

“A lógica é a de vender subsidiárias para fazer caixa. Mas, inexplicavelmente, o Palácio do Planalto parece não enxergar que está se desfazendo de um patrimônio estratégico para a economia brasileira”, apontou Prates em artigo publicado nesta terça (24).

Gás natural e as privatizações com aval do STF

O senador petista lembrou ainda que o plano entreguista do desgoverno já está em fase avançada em relação ao gás natural. Bolsonaro assinou um decreto criando um comitê interministerial para a implementação de uma série de medidas que levarão à abertura do mercado do gás, o que já está em curso. Em junho, a Petrobras privatizou 90% da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) para um grupo formado pela Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), em uma operação de R$ 33,5 bilhões.

Para Prates, o desmantelamento do setor de gás vai comprometer inclusive a indústria, a mineração, os exportadores e o agronegócio do país. “Quem acredita que a venda de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), por exemplo, vai abaixar as tarifas e, consequentemente, o preço do gás natural? Não parece crível que uma empresa pague US$ 8 bilhões para comprar uma rede de gasodutos e não busque recuperar o investimento feito aumentando tarifas”.

O senador destacou ainda que os bilhões recebidos pela Petrobras serão gastos, no futuro, com o pagamento de serviços da TAG e a utilização da malha de gasodutos do Sudeste, a Nova Transportadora Sudeste (NTS), privatizada em 2017. “Mal comparando, é como você vender a casa e passar a pagar aluguel para morar no mesmo imóvel”, exemplificou.

As privatizações de Bolsonaro em relação a BR Distribuidora e a TAG só foram possíveis após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar o Poder Executivo a vender estatais subsidiárias sem aval do Legislativo e sem licitação.

Fonte: Agência PT de Notícias, com informações do G1 e Terra

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