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Carros autônomos, robôs e buracos na velha calçada


Veículo Ropits, da Hitachi: um robô quase pedestre  créditos: Hitachi

Veículos autônomos, robôs e patinetes elétricos monopolizaram o noticiário de mobilidade urbana nas últimas semanas. Em várias cidades do mundo, Curitiba entre elas, já há testes com ônibus elétricos que funcionam sem motoristas.

As previsões indicam de que esses veículos autônomos possam chegar às operações comerciais em 5 anos e, no Brasil, em cerca de 10 anos. Mas, já enfrentam a oposição dos sindicatos de trabalhadores dos EUA, que temem perder seus empregos. Os líderes dos sindicatos americanos argumentam que os motoristas humanos têm mais sensibilidade e discernimento para responder com rapidez e precisão aos imprevistos que possam acontecer no trânsito.

Mas, os técnicos que trabalham com os autônomos respondem que em breve os veículos sem motoristas serão capazes de conduzir-se pelas ruas com muito mais segurança do que os ônibus atuais. Claro que existem dilemas morais, para os quais as programações dos robôs terão que responder, conforme cada cultura e região do mundo, como discute nosso diretor Ricky Ribeiro em seu boletim semanal para a Rádio Trânsito.

No entanto, os otimistas explicam que alguns ônibus "inteligentes" já são capazer até de detectar se há algum assalto a bordo e avisar a polícia. E há também projetos de caminhões, trens e VLTs que funcionarão em breve sem a necessidade de condutores.

Na área de logística, a Ford divulgou vídeo sobre um robô desenhado para trabalhar com os veículos autônomos de entregas urbanas. Não, ele não é o motorista, mas um carregador, que levará caminhando as cargas do carro até porta dos clientes. Imaginamos coisa melhor: um possível robô-ciclista, que no futuro levará as compras dos clientes com uma bicicleta cargueira até a porta de cada lar. Mais leve, menos perigoso e até mais simpático.

Em Brasília, o Governo do Distrito Federal está iniciando uma experiência com os pequenos carros elétricos Twizy Renault para uso compartilhado dos funcionários durante suas atividades oficiais. Se der certo, a experiência vai ser estendida à população brasiliense em um sistema público de car sharing.

Em São Paulo, segue a polêmica pública sobre como regulamentar o uso dos (ou das) patinetes elétricos compartilhados. Há problemas de segurança, discussões sobre a restrição da área de operação, sobre o valor das tarifas e ainda sobre a forma desordenada como ocupam as calçadas e ciclovias. Mas, sem dúvida, são um sucesso e parece que vieram para ficar, o que justifica a polêmica e empurra a reticente prefeitura paulistana a melhorar e ampliar a malha de ciclovias da cidade. Nesta semana começaram as audiências públicas para discussão das propostas municipais. Se tudo der certo, serão mais 173 km de ciclovias, além da requalificação de 310 km de ciclovias já existentes até o final de 2020.

Entre nossos blogs, destaque para o Burrices Urbanas, do arquiteto e professor Edison Eloy. Em seu texto sobre as burrices em mobiliário urbano, Edison apresenta paradas de ônibus, lixeiras e bancos com desenhos bizarros, que não cumprem suas funções básicas e, por vezes, mais atrapalham do que ajudam. É o caso das bancas de jornais, que perderam sua destinação inicial - vender publicações - mas permanecem ocupando espaços preciosos nas calçadas das cidades.

Por falar em calçadas, há duas boas notícias: em Aracaju o parceiro e veredor Lucas Aribé segue com sua campanha local para eliminar barreiras das calçadas e liberá-las à circulação das pessoas. Em São Paulo, a prefeitura promete refazer 1,5 milhão de metros quadrados de calçadas, o que na prática significa cerca de 600 km de pisos caminháveis. É um bom número, tímido ante os mais de 30 mil km que a cidade deveria ter, mas aponta um avanço. Celebraremos quando ficarem prontas.

Fonte: Mobilize

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