A economia brasileira, que já vinha com números negativos no governo Temer, está piorando com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), demonstra reportagem da edição de quinta-feira (16) do Seu Jornal, da TVT. Só o setor de serviços apresenta queda há três meses seguidos. Especialistas ouvidos pelo repórter ô Miyagui alertam que não veem no novo governo a capacidade para impulsionar a economia.
A projeção do Banco Central mostra queda econômica de quase 7% no primeiro trimestre deste ano. No começo do ano, os analistas otimistas acreditavam que o país cresceria quase 3% e a expectativa foi rebaixada para apenas 1,5% de crescimento.
O Dia das Mães, por exemplo, considerada a segunda melhor data para o comércio, atrás apenas do Natal, também foi um fiasco – os shoppings registraram queda de 5% no faturamento das vendas. “É uma data muito importante pro calendário do comércio e foi bem abaixo das expectativas. Já se antecipava que não seria tão positivo, já que não houve nem contratações de trabalhadores nessa data”, afirma Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Na opinião do economista César Locatelli, os empresários não enxergam um clima favorável para investimentos. “Os empresários são atraídos quando você está mostrando horizonte favorável e perspectiva de eles terem uma certa lucratividade naquele negócio. Ninguém vai fazer investimento com a austeridade de Bolsonaro“, avalia.
Para economistas e empresários, como o governo Bolsonaro não tomou nenhuma medida efetiva para retomar a atividade econômica e pelos indicadores já registrados neste primeiro trimestre, o ano de 2019 está praticamente perdido. “Se continuar assim, os outros anos também serão perdidos. É uma reforma do Estado, é (a aplicação de) uma política industrial. São esses fatores que farão o Brasil iniciar um processo de crescimento”, acrescenta Patah.
Locatelli afirma que a Lei do Teto de Gastos que limita os investimentos do governo, atrapalha ainda mais a economia. “O congelamento de gastos foi nesse sentido de dar para as pessoas a impressão de que o futuro seria pior. Se você acha que o amanhã é pior, você consome menos hoje. Políticas que levem para a expansão com equilíbrio fiscal seria o caminho adequado para esse momento”, aponta.