O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta(RS), qualificou hoje (15) o ministro da Educação, Abraham Weintraub, como “covarde” e “mentiroso” por não apresentar nenhuma justificativa e nenhum critério técnico para a realização de cortes orçamentários nas instituições federais de ensino, inclusive na educação básica. O parlamentar criticou o ministro por manipular gráficos e assumir posição elitista contrária ao ingresso de filhos de trabalhadores nas universidades públicas. Segundo Pimenta, Weintraub “disputa o título de pior ministro da Educação” da história do País.
Pimenta observou que Weintraub se esquivou de falar sobre o tema da convocação ao plenário da Câmara: o bloqueio de recursos em universidades e institutos federais. “Não falou sobre cortes, não justificou os critérios e não tem coragem de dizer o que ele e o presidente Bolsonaro pensam: que a universidade não é lugar do filho da classe trabalhadora”, denunciou.
Ministro elitista
Conforme o líder do PT, o ministro da Educação não só não entende de matemática – como já demonstrou várias vezes ao tentar falar sobre os cortes orçamentários – como tenta esconder a realidade vivida pelo povo brasileiro durante os governos Lula e Dilma (2003 até o golpe de 2016). “Tivemos (com os governos do PT), uma revolução na educação, em todos os níveis, com os filhos de trabalhadores ingressando na universidade”, comentou Pimenta.
O líder do PT rechaçou a fala preconceituosa de Jair Bolsonaro – que chamou hoje de “idiotas úteis” milhões de estudantes que foram às ruas em protesto contra os cortes na educação e lembrou que Weintraub é de tão baixo nível como o atual presidente da República. Ele lembrou que ambos têm como guru Olavo de Carvalho, um “astrólogo escatológico” que mora nos Estados Unidos e que, ao referir-se ao Brasil, só é de “forma pejorativa”.
Quintal dos EUA
“Weintraub é um ministro que envergonha o Brasil e vê o País como quintal dos EUA”, disse Paulo Pimenta. Ele qualificou as atitudes do ministro como próprias da “elite perversa brasileira”, que até hoje não se conformou com o fato de estudantes pobres terem ingressado na universidade pública, com os governos do PT. Em sua fala, Weintraub deu a entender que pobres têm que se formar pedreiros e marceneiros, pois os filhos das pessoas letradas é que teriam mais condições de entendimento e facilidade para o conhecimento em âmbito universitário.
Para Pimenta, o ministro da educação do governo Bolsonaro comporta-se como vira-latas de interesses estrangeiros, ao abrir mão de um projeto de desenvolvimento que invista em ciência e tecnologia e na soberania nacional, com acesso à educação pública e gratuita a todos os segmentos da população. “Quer (o ministro) que o Brasil seja espaço para mão de obra barata”, denunciou Pimenta.
Fonte: PT na Câmara