Em Brasília, os deputados estaduais Sinésio Campos (PT), Roberto Cidade (PV), e o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Josué Neto (PSD), pediram providências ao Ministério de Infraestrutura para os portos do interior do Amazonas. Na ocasião, também apresentaram o Projeto Multimodal Manta-Manaus e pediram a recuperação das estradas Transamazônica e BR-319.
Os deputados foram recebidos pelo diretor do Departamento de Navegação e Hidrovia do Ministério da Infraestrutura, Dino Antunes Batista, que solicitou mais informações sobre a situação real dos portos e se comprometeu a levar as demandas do Amazonas ao ministro Tarcísio Freitas.
Após a reunião, o deputado Roberto Cidade informou que a Comissão dos Transportes da Aleam, presidida por ele, fará um levantamento e um estudo da situação dos portos de todo os municípios do Estado.
“A partir desse levantamento, vamos gerar um relatório e encaminhar ao Ministério de Infraestrutura”, disse.
Os deputados também apresentaram ao Ministério da Infraestrutura o Projeto Eixo Multimodal Manta-Manaus, que é uma rota alternativa que reduz em 25 dias o transporte de mercadorias até o Brasil em relação ao canal do Panamá, que é a rota atual.
O diretor, Dino Antunes, mostrou preocupação quanto às tributações de países como Equador e Colômbia, por onde devem passar as mercadorias.
O deputado Sinésio Campos informou que uma nova reunião será realizada na Aleam, no dia 23 de abril, com a presença de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do Ministério de Infraestrutura.
“Existem uma série de adaptações que precisam ser feitas para que o projeto Manta-Manaus seja efetivamente implantado. E vamos debater algumas, como a situação do Porto de Tabatinga”, disse Sinésio. Ele esteve no Equador para tratar sobre a viabilidade do projeto.
Durante a reunião o presidente Josué Neto abordou a necessidade de recuperação das estradas federais no Amazonas (Transamazônica e BR-319) para viabilizar a implantação da nova rota comercial.
“É um projeto que pode ampliar as possibilidades econômicas para o Amazonas e demais estados da região Norte e atrair os investimentos em infraestrutura de portos e estradas que tanto aguardamos, pois para que ele funcione a BR-319 precisa estar transitável”, afirmou.
Entenda
A rota comercial prevista no Projeto Manta-Manaus é seguinte: a mercadoria é transportada por navio ou balsa da Ásia até Manta, depois via rodoviária até Providência, no Equador, seguindo em balsas até Letícia, na Colômbia, de onde parte para o Amazonas via Tabatinga, e daqui poderia ser distribuída para o restante do país através da BR-319.
A rota da Ásia à Manaus pelo Canal do Panamá – que é utilizada atualmente – dura de 41 a 60 dias, enquanto a rota via Manta tem duração de 31 a 35 dias, e um custo bem menor, conforme revelou estudo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Fonte: Aleam - por Sara Matos e Kleiton Renzo/Foto (Crédito Joel Arthus)