O deputado Merlong Solano (PT-PI) criticou ontem (2) duramente a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) para a Reforma da Previdência enviada ao Congresso Nacional pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). “O governo esmera-se em sacrificar o povo brasileiro, como é o caso da PEC, que não ataca os privilégios e sacrifica os mais pobres”, disse o parlamentar.
Ele citou como exemplo a proposta de criação de um fundo de capitalização privado no qual cada pessoa terá uma conta individual, em vez de contribuir para o INSS e ter seu benefício assegurado pela previdência pública, como hoje. Ele advertiu que o fundo proposto ataca principalmente a faixa mais pobre da população. “Se for aprovado, jogará milhares de brasileiros na indigência durante a velhice”, afirmou.
O fundo citado por Merlong já existe no Chile e foi criado durante a sangrenta ditadura do general Augusto Pinochet, entre 1973/90. O resultado é drástico – as pessoas se aposentam e têm ganhos abaixo do salário mínimo do país. O Chile é o país onde há o mais alto índice de suicídio de idosos do planeta.
Merlong também criticou a desastrada política externa do governo Bolsonaro. Segundo o deputado, as trapalhadas de Bolsonaro e de seu chanceler Ernesto Araújo potencialmente vão gerar mais desemprego no Brasil, em razão de represálias comerciais que poderão ser tomadas por parceiros tradicionais como a China e os países árabes.
“O atual governo não tem nenhum projeto para o País, a não ser sacrificar os mais pobres. É o neoliberalismo sem limites”, frisou.
Com posse de Merlong, bancada do PT é a maior da Câmara
Professor de Ensino Superior, o deputado Merlong Solano tomou posse na último quinta-feira, 28, como suplente de Fábio Abreu (PR), que pediu afastamento da Casa para assumir o cargo de Secretário de Segurança do Piauí. Merlong se soma à maior Bancada na Câmara para lutar contra os retrocessos promovidos pelo governo Bolsonaro, como a Reforma da Previdência.
Solano esteve reunido nesta terça-feira com o líder da bancada, Paulo Pimenta (PT-RS), para discutir em quais comissões permanentes vai atuar como titular e suplente.
Por PT na Câmara