Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram as suas redes sociais nesta terça-feira (19) para chamar o presidente Jair Bolsonaro de “mentiroso”, depois que a imprensa divulgou, no início desta tarde, áudios que confirmam que, de fato, o presidente e Gustavo Bebianno, então secretário-geral da Presidência, conversaram três vezes – via WhatsApp -, na terça-feira passada (12 de fevereiro). O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) chamou Bebianno de mentiroso, em sua conta no Twitter, afirmando que as conversas não existiram. O Twitter foi compartilhado pelo presidente, dando a entender que realmente as conversas não existiram.
“Bebbiano desmente Bolsonaro em áudio para todo o Brasil saber que temos um presidente mentiroso”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS). Ele ainda faz uma referência a uma deputada do PSL, que fala que o Brasil vai se transformar em Paraíso para bandidos. “Enquanto isso, o Ministério Público segue sem ouvir Queiroz, Flávio Bolsonaro e os laranjas do PSL…”, lamentou.
Em outro Twitter, o líder ironizou: “O WhatsApp que elege é o mesmo que derruba?”, questionou, em uma referência à indústria de fake news utilizado na campanha de Bolsonaro.
Na avaliação da deputada Erika Kokay (PT-DF), “caiu mais uma farsa!”. Ela destacou que, segundo os áudios de WhatsApp publicado pela imprensa, o “Clã Bolsonaro mentiu!!!”. “Bolsonaros mentiram para o Brasil! Os áudios que desmentem o presidente e o seu filho e revelam que Bebianno e Bolsonaro realmente se falaram três vezes durante a crise”, reforçou.
O deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que Brasília treme com os vídeos publicados pela revista Veja. “Isso é normal? A República se sustenta? Imaginem se fosse nos governos do PT?”, questionou, acrescentando que o governo Bolsonaro é fraco, sem rumo e sem perspectivas de futuro. “Única certeza: retirar direitos com a tal da Reforma da Previdência”.
Para Margarida Salomão (PT-MG), a “execração pública” de Bebianno é um recado nítido para os demais aliados. “Não importa o quanto alimentem o ego de Bolsonaro, não importa o quanto insistam em chamar o presidente de capitão. Nada é maior que o delírio coletivo que unifica a família”, afirmou em seu Twitter.
Na sua avaliação da deputada do PT de Minas, o episódio também prova várias coisas, sendo a principal delas “que temos um governo rigorosamente fraco e perdido, que engendra as próprias crises”. E acrescentou: “Contudo, também ratifica que Bolsonaro não tem qualquer equilíbrio para o cargo, fabricando inimigos, alimentando conspirações”.
Na avaliação do deputado Bohn Gass (PT-RS), os áudios vazados das conversas entre Bebianno e Bolsonaro revelam que: “Bolsonaro tentou se desvincular da lavagem de dinheiro que irrigou a campanha que o elegeu e que foi Bolsonaro quem mentiu ao negar que houvesse falado com Bebianno três vezes”.
Em sua conta no Twitter, Natália Bonavides (PT-RN) questiona sobre quais são os próximos capítulos dessa novela, “porque o Ministro de Turismo não caiu também?”, indaga, se referindo ao ministro também se acusado de utilizar candidaturas laranjas também.
E o deputado Henrique Fontana (PT-RS), também em seu Twitter, disse que a divulgação dos bastidores da crise que antecedeu a demissão do ministro, confirma o que ele sempre afirmou: “confusão e intrigas são o padrão do governo Bolsonaro”.
E para deputado Zeca Dirceu (PT-PR), os áudios vazados para imprensa provam que Bolsonaro e Bebianno trocaram mensagens, desmentindo o presidente e o filho. “Bolsonaro comprova o que avisamos na campanha: que ele mente todo o tempo”, afirmou.
O deputado Assis Carvalho (PT-PI) afirmou que os áudios confirmam que o presidente e seu filho mentiram e Waldenor Pereira (PT-BA) completou: “Mais uma vez, Jair Bolsonaro prova que não estávamos errados sobre ele. Nós avisamos que ele era despreparado, desumano e mentiroso”.
Fonte: PT na Câmara - por Vânia Rodrigues