Parlamentares do Partido dos Trabalhadores protocolaram representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), nessa segunda-feira (14), cobrando providências da chefa do órgão, Raquel Dodge, com relação aos possíveis atos ilícitos cometidos pela família Bolsonaro que podem ter como pivô central o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e sua filha, Nathalia Queiroz.
Na petição, os parlamentares apontam condutas que “podem se adequar a fatos tipificados em nossa legislação penal”, como corrupção passiva, formação de quadrilha, abandono de função (crime dos funcionários “fantasmas”), entre outros.
As informações a respeito da movimentação financeira atípica de Queiroz, flagrada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda, incluindo o depósito de R$ 24 mil na conta da esposa do presidente Jair Bolsonaro, é detalhada no documento protocolado junto à PGR. O mesmo vale para a suspeita que recai sobre a filha do ex-assessor, Nathalia Queiroz, que trabalhava como personal trainer em horário comercial na mesma época em que estava nomeada no gabinete parlamentar do atual presidente da República. Nathalia também figura no mesmo relatório do Coaf e teria repassado ao pai R$ 84 mil, que também recebia depósitos de outros funcionários dos gabinetes de Jair e de Flávio Bolsonaro, este, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“Os fatos apontam para indícios de lesão ao erário, sobretudo, se não comprovada a efetiva prestação de serviços por parte da Sra. Nathalia Queiroz, o que ainda pode revelar envolvimento em condutas ainda mais graves”, diz a representação.
Assinam a peça a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos Zarattini (PT-SP), Enio Verri (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Rui Falcão (PT-SP), que assumirá o mandato em fevereiro.
Confira a íntegra da representação:
Fonte: PT na Câmara - por Rogério Tomaz Jr.