Da Rede Brasil Atual - Encerrou-se no dia 1º (sábado) o encontro anual entre chefes de Estado e de governo, o G20, que ocorria desde o dia (30), em Buenos Aires, na Argentina. Em sua análise para a Rádio Brasil Atual, o correspondente internacional da RBA, Flávio Aguiar, destacou a reafirmação do Acordo de Paris, inclusive pelo Brasil, mesmo diante das declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), como um dos principais pontos firmados durante o encontro.
"Um saldo assim magro, eu diria, mas com alguns pontos promissores", sintetiza o correspondente em seu balanço sobre as discussões que ocorreram no G20. "Houve, em todo o caso, advertências do presidente da França, Emmanuel Macron de que, sem a participação do Brasil no Acordo de Paris, não haverá acordo entre a União Europeia e o Mercosul. O que pode afetar gravemente as nossas exportações", afirma Flávio Aguiar.
Entre os outros pontos citados, ele aponta o esforço de maior combate à evasão fiscal e ao descontrole dos capitais financeiros pelo mundo, assim como as negociações laterais entre a Rússia, Índia e China, devido à guerra fiscal imposta pelos Estados Unidos. O analista criticou, no entanto, a falta de avanço sobre a paz no Iêmen, onde, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ocorre uma das "piores crises humanitárias" do mundo, assim como a ausência de resolução sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.