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Rede de fake news é financiada por políticos diretamente ligados a Bolsonaro


A empresa Raposo Fernandes Associados (RFA) detinha exclusivamente a gestão de 68 páginas e 43 perfis no Facebook, de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro, que espalhavam fake news e que foram removidos na segunda-feira (22/10).

A RFA, administrada por Thais Raposo Chaves e Ernani Fernandes e que pertence à

empresa Novo Brasil Empreendimentos Digitais, já tinha sido objeto de uma reportagem do site The Intercept, em julho último. Segundo a reportagem, o PRTB, partido do vice do

Bolsonaro, General Mourão, repassou R$ 25 mil para páginas mantidas pelo grupo RFA.

Delegado Francischini ainda teve a audácia de afirmar, após a exclusão das páginas fraudulentas pelo Facebook, que patrocinou sim as páginas, e as patrocinaria de novo. Disse o deputado: “vou apoiar todas as páginas de direita que produzam conteúdo contra a vagabundagem do PT, contra a bandidagem que assaltou o nosso país.”

Francischini, coordenador da campanha de Jair Bolsonaro, foi apontado na reportagem “Dono de sites criticados por fake news recebe dinheiro de deputado”, do portal UOL, em maio deste ano. “Seis notas fiscais pagas pelo gabinete do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), o Delegado Francischini, apontam que o parlamentar destinou R$ 24 mil de sua cota parlamentar, no período entre dezembro do ano passado e abril deste ano, para uma empresa em nome de um casal [Thais Raposo Chaves e Ernani Fernandes] que administra uma rede de sites apontados como veículos que propagam fake news”, afirma reportagem do UOL. Ernani Fernandes, proprietário do domínio do site Folha Política, foi acusado diversas vezes de propagar fake news. Confira aqui os pagamentos: Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março e Abril.

Facebook emitiu comunicado sobre bloqueio de contas

O Facebook afirmou, em comunicado, que a RFA violou as regras de autenticidade e de spam da rede social ao utilizar contas falsas ou duplicadas para gerir páginas como a Folha Política, a TV Revolta e o Movimento Contra Corrupção, que somavam milhões de seguidores e, no seu conjunto, geravam mais interação online do que estrelas pop como Madonna ou Anitta. Os sites foram retirados do ar por violação de autenticidade.

Na nota, o Facebook explicou que “as pessoas por trás da RFA criaram páginas usando contas falsas ou múltiplas contas com os mesmos nomes, o que viola nossas políticas. Nós baseamos nossa decisão de remover essas páginas pelo comportamento delas – como o fato de que estavam usando contas falsas e repetidamente publicando spam -, e não pelo conteúdo que estavam postando”.

Com essa decisão, do bloqueio das páginas e perfis pelo Facebook, desaparece uma importante ferramenta para a campanha presidencial de Bolsonaro que, desde a semana passada, tem estado sob intenso escrutínio após o jornal Folha de São Paulo ter denunciado que várias empresas teriam financiado o envio de mensagens favoráveis ao candidato através da rede WhatsApp, o que constitui uma violação potencialmente grave da lei eleitoral brasileira.

Por outro lado, essa com essa medida também somem todas as provas (que poderiam ser usada pela Justiça) das muitas fake news que foram espalhadas por essa rede pro-Bolsonaro para caluniar e difamar os candidatos da coligação O Povo Feliz de Povo, Fernando Haddad e Manuela d’Ávila.

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