A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou na quinta-feira (31) um panorama sobre o Programa Mais Médicos, durante o 13º Congresso Internacional da Rede Unida, em Manaus (AM).
O organismo internacional tem acordos com os governos do Brasil e de Cuba para o Mais Médicos, articulando essa cooperação internacional entre os dois países – o que permite a mobilização de médicos cubanos para atuar no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou na quinta-feira (31) um panorama sobre o Programa Mais Médicos, durante o 13º Congresso Internacional da Rede Unida, em Manaus (AM).
O organismo internacional tem acordos com os governos do Brasil e de Cuba para o Mais Médicos, articulando essa cooperação internacional entre os dois países – o que permite a mobilização de médicos cubanos para atuar no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
Segundo Gabriel Vivas, coordenador do Mais Médicos na OPAS, a operacionalização do trabalho é um grande desafio.
“Desde 2013, 20 mil médicos passaram pelo programa, emitimos 40 mil passagens, viabilizamos 250 voos charter, capacitamos 25 mil médicos, analisamos 20 mil documentos, organizamos 40 mil movimentações de médicos e fizemos 300 reuniões técnicas para ajustes e melhorias”, enumerou.
O coordenador também apresentou uma série de publicações sobre o programa. Uma delas destaca o panorama da publicação científica a respeito da iniciativa.
Outra publicação analisa a implementação do Mais Médicos no contexto do sistema de saúde brasileiro, a partir de seis estudos de caso, destacando as especificidades que caracterizam a experiência brasileira no cenário internacional.
Uma terceira publicação avaliou a qualidade dos serviços de Atenção Primária à Saúde no país e em que medida o programa contribui para isso. A última abordou a Cooperação Sul-Sul entre Brasil e Cuba, com triangulação da OPAS, na área de saúde, produção e transferência de conhecimentos e práticas inovadoras.
Além disso, há vários estudos em andamento sobre a colaboração do Mais Médicos para a saúde mental, saúde indígena, a troca de conhecimentos entre países, o empoderamento feminino, entre outros temas.
Sobre o programa
O Mais Médicos foi criado em 2013 pelo governo federal brasileiro, tendo como um dos objetivos suprir a carência desses profissionais nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) coopera tecnicamente com a iniciativa, triangulando acordos entre Brasil e Cuba para a vinda de médicos de Cuba para atuar em Unidades Básicas de Saúde, no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde brasileiro.
Três eixos compõem o Mais Médicos: o primeiro prevê a melhoria da infraestrutura nos serviços de saúde. O segundo se refere ao provimento emergencial de médicos, tanto brasileiros (formados dentro ou fora do país) quanto estrangeiros (intercambistas individuais ou mobilizados por meio dos acordos com a OPAS).
O terceiro eixo é direcionado à ampliação de vagas nos cursos de medicina e nas residências médicas, com mudança nos currículos de formação para melhorar a qualidade da atenção à saúde.
Formação interprofissional
Mais cedo, a coordenadora da Unidade Técnica de Capacidades Humanas para a Saúde da OPAS, Monica Padilla, refletiu sobre a formação interprofissional em saúde voltada para as necessidades do SUS e também para lidar com problemas complexos que a cada dia impõem novos desafios para os serviços de saúde.
“Precisamos priorizar a formação interprofissional visando, especialmente, a qualificação das equipes da Atenção Primária à Saúde”, defendeu Monica.
Fonte: ONU/ Foto - Crédito: Foto: Unb