Brasil de ato.- Ativista australiano está exilado embaixada equatoriana em Londres há cinco anos e teme ser deportado aos EUA
O governo do Equador concedeu, na quinta-feira (11), cidadania ao fundador do portal WikiLeaks, o jornalista australiano Julian Assange.
A decisão foi confirmada pela chanceler do Equador, María Fernanda Espinosa. De acordo com ela, a naturalização fortalece a proteção internacional do jornalista, que passa a ter os mesmos direitos de um equatoriano no exterior.
A ministra afirmou que seu país está buscando "uma solução justa, final e digna" para a situação do
ativista no Reino Unido.
Um porta-voz do governo britânico, no entanto, lembrou nesta quinta que o Reino Unido já havia rejeitado o pedido de status diplomático a Assange.
Histórico
O jornalista de 46 anos vive na embaixada do Equador em Londres há cinco anos, desde que se refugiou no local em 19 de junho de 2012.
Assange respondia, desde 2010, às autoridades da Suécia por uma acusação de estupro. Em maio de 2017, a justiça do país arquivou o processo.
Apesar do arquivamento, o ativista permanece exilado porque corre risco de ser preso devido ao fato de não ter comparecido à corte de Westminster quando foi intimado, em junho de 2012.
O ativista se recusa a se render às autoridades por temer ser deportado aos Estados Unidos, caso abandone a embaixada equatoriana.
Isso porque ele publicou, por meio do Wikileaks, site que fundou em 2006, milhares de documentos com informações confidenciais do Departamento de Estado e das Forças Armadas estadunidenses.
As informações vazadas vão desde violações cometidas nas guerras do Iraque e do Afeganistão até espionagem em grande escala feita pelo governo dos EUA.