Cidade participa pelo segundo ano consecutivo do Desafio das Cidades Campinas é uma das cidades mais importantes do estado de São Paulo e, no ciclo 2017/2018, participa mais uma vez do Desafio das Cidades pelo Planeta. Concurso global organizado pelo WWF em parceria com o Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade), o Desafio propõe o compartilhamento de ações rumo a uma economia de baixo carbono por cidades de todo o mundo, com o propósito de gerar bons exemplos, reconhecimento e difusão de conhecimentos entre os governos locais. A prefeitura de Campinas, atuante na área de clima e sustentabilidade em diversos setores, reportou planos, metas e conquistas na Plataforma de Registro Climático Carbonn, e agora aguarda a revisão final do júri internacional de especialistas (com auditoria independente da Accenture) para saber se será um dos três finalistas brasileiros da competição. Recursos Hídricos Água é um tema prioritário para Campinas, e por isso a prefeitura desenvolve alguns projetos com esse foco, como a Política Municipal para incentivo à Água de Reúso. A Resolução Conjunta SVDS/SMS n° 9/2014 estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais para o reúso direto não potável de água proveniente de Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) de sistemas públicos. A finalidade é promover a sua utilização em atividades como lavagem de espaços públicos e privados, construção civil e processos industriais. Campinas também possui o Plano Municipal de Recursos Hídricos (PMHR), cujo objetivo prioritário é a manutenção qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos de seu território. Foram identificadas áreas estratégicas para a gestão dos recursos e a situação atual das microbacias hidrográficas, tornando possível a projeção de um cenário para os próximos 10 anos. Mobilidade Urbana e Transporte Esse é o setor para o qual a prefeitura destina os principais esforços para reduzir emissões de gases de efeito estufa em Campinas. A meta é assegurar a inserção do uso da bicicleta pela população, promovendo acessibilidade, conforto e segurança com a ampliação da malha de ciclovias. O transporte público recebe atenção redobrada nos planos da prefeitura, que detectou aumento considerável no uso de automóveis individuais nos últimos anos. Preocupado com o aumento das emissões, o município criou corredores de ônibus exclusivos e preferenciais, além de oferecer conforto e cumprimento de horário, para tentar convencer uma parcela da população a optar por esse tipo de transporte em detrimento do carro. Além disso, o município aposta também na eletricidade para reduzir as emissões. Primeira cidade brasileira a colocar em operação ônibus 100% elétricos – atualmente já são mais de 10 nas ruas -, Campinas estimula o uso desse tipo de veículo com a instalação de postos de abastecimento (recarga) em parceria com a CPFL. Áreas Verdes Um dos princípios mais básicos de uma cidade sustentável é a adoção e o cuidado com as áreas verdes. O Plano Municipal do Verde (PMV) em Campinas prevê diretrizes para uma gestão eficaz e integrada dessas áreas, assegurando quantidade e qualidade, incluindo espaços com função social (parques e bosques) e ecológica (matas ciliares, fragmentos florestais e corredores ecológicos de fauna). Construção Os empreendimentos, obras e atividades que comprovarem o atendimento a, no mínimo, 10 critérios de sustentabilidade definidos pelo Decreto Municipal 18705/2015 e pela Resolução Municipal 10/2015 têm direito ao Selo S (Selo de Sustentabilidade), um certificado ambiental concedido pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS). Os critérios são: - Minimização e reciclagem internas de resíduos no empreendimento (poderá ser considerada a redução, reutilização e/ou reciclagem de resíduos, inclusive externamente ao empreendimento); - Reúso de água e aproveitamento de água pluvial (poderão ser considerados o reúso de água, o aproveitamento de água pluvial, ou a utilização de água de reúso); - Utilização de tecnologias limpas (produção mais limpa); - Permeabilidade do terreno em taxa maior do que a exigida no Plano Diretor, incluindo adicional de área formado por dispositivo denominado “telhado verde” (será considerada a permeabilidade acima das taxas exigidas na legislação pertinente ao local do empreendimento ou atividade); - Utilização de madeira certificada e uso racional de recursos naturais. - Redução de emissão de gases causadores de efeito estufa e/ou de material particulado; - Redução da quantidade de efluentes gerados pelos processos e/ou atividades; - Paisagismo que utilize exclusivamente espécies arbóreas e arbustivas nativas regionais e herbáceas não invasoras, além do estabelecido no art. 9º, § 6º do Decreto 16.974, de 04 de fevereiro de 2010 e/ou legislação que venha a substituí-lo; - Uso de materiais sustentáveis; - Instalações prediais sustentáveis; - Reutilização/redução de matéria-prima; - Apresentação de outras certificações ambientais validadas previamente pela equipe técnica da SVDS; - Inclusão de reeducandos, egressos do sistema penitenciário, idosos e/ou pessoas com deficiência nas contratações para o empreendimento, obra ou atividade, além das obrigações legais; - Medidas de acessibilidade adotadas, além das obrigações legais; - Medidas de meio ambiente de trabalho e capacitação dos trabalhadores, além das exigências legais; - Criação ou apoio à implementação de unidade de conservação, nos termos da legislação vigente, ou inscrição de áreas urbanas e rurais no Banco de Áreas Verdes (BAV) do município, além das obrigações legais; - Adoção de tecnologias que contribuam para o uso racional de água e/ou energia; - Outras ações de cunho socioambiental apresentadas pelo empreendedor e validadas previamente pela SVDS.
Fonte: WWF