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Caravanas de Lula: força das mídias sociais e resposta do povo


Foto: Ricardo Stuckert

As caravanas que o ex-presidente Lula têm realizado Brasil afora demonstram, pelo seu sucesso, que a imensa maioria da população, mesmo bombardeada, diuturnamente, pela mais sórdida perseguição jurídico-midiática a uma liderança política, anseia pela sua volta ao comando da nação.

Ovacionado por onde passava no nordeste brasileiro, deu-se o mesmo fenômeno ao percorrer as cidades das Minas Gerais.

Para a desgraça dos grandes barões da mídia monopolizada que de tudo fazem para jogar as caravanas na invisibilidade, a emergência das mídias sociais, deram volume e produziram noticiário em tempo real que alcançaram cifras de milhões de brasileiras e brasileiros de todos os quadrantes, que acompanhavam e interagiam em cada atividade realizada.

A cada pesquisa de opinião pública que sai independentemente da metodologia aplicada, Lula segue

liderando. A forte resiliência de Lula, ao mesmo tempo que assusta as elites conservadoras, faz destilar esse oceano de ódio e preconceito que se dissemina pela população.

O elitismo não conhece o Brasil. Talvez se fosse Miami, Nova York ou Paris eles compreendessem mais. Estamos em um país de dimensões continentais, onde a diversidade cultural é escamoteada pelos principais veículos da mídia televisiva. Eles se surpreendem quando o povo é chamado a opinar.

O mesmo fenômeno, observado nas chamadas Caravanas da Esperança será replicado nas periferias dos demais estados da federação.

O entusiasmo crescente das camadas populares com a perspectiva da volta de Lula em 2018 faz aflorar por outro lado a sanha mesquinha daqueles que, mesmo minoritários, consideram-se donatários da nação brasileira. Esses “senhores” sabem que só um novo governo com nitidez democrática e popular será capaz, pela força do povo, de barrar o desmonte do estado nacional.

O golpe perpetrado pelos atuais inquilinos do Palácio do Planalto tem inspiração clara nas forças do império e está produzindo um caudal de insatisfações e repúdio na imensa maioria dos brasileiros. Mantem-se no poder em parte pelo intenso fisiologismo e também pela omissão do Poder Judiciário, notadamente, o Supremo Tribunal Federal.

Os endinheirados das áreas nobres, os barões do agronegócio e os privilegiados do sistema financeiro perfazem os 3% que aprovam Temer e sua trupe.

As forças do atraso movimentam-se no sentido de tentar barrar, pela via do tapetão, a candidatura de Lula. Entendem que ao abrir o diálogo sincero e franco com a população Lula tende a ampliar, em muito, suas bases de apoio.

A nitidez com que se percebe o golpe parlamentar nos dá a quase certeza que este foi urdido por forças internacionais, aliadas ao que há de mais podre na política nacional. Os golpistas impulsionados pela força do capital se encontram encastelados na Câmara e no Senado da República. Essas forças que sustentam o governo usurpador estão promovendo a maior rapinagem da história e com isto levando de roldão conquistas históricas dos trabalhadores.

A banca internacional interessada nas riquezas brasileiras, notadamente, o petróleo do pré-sal, promove, juntamente, com os setores conservadores do aparelho de Estado uma verdadeira quebra de empresas, permitindo a entrada em nosso território dos grandes trustes multinacionais da construção pesada e da engenharia.

A rapinagem explícita não poupou nem a Amazônia, considerada o “pulmão” do mundo. Não fosse a resistência dos amplos setores da sociedade civil organizada parte desse território teria sido alienado para grupos estrangeiros.

Aos poucos, amplos setores da população vêm percebendo o que de fato está ocorrendo: mesmo com toda a blindagem da grande mídia, as redes sociais conseguem furar o bloqueio.

Ressurge nos corações e mentes de amplas parcelas do povo brasileiro uma esperança de reverter esse estado de coisas: a liderança de Lula, ancorada em um amplo programa de restauração das conquistas sociais e em um compromisso cristalino com o desenvolvimento nacional, é a porta de saída da crise.

Avizinha-se um cenário de grandes lutas. Estejamos preparados!

Por Alberto Cantalice, vice-presidente do PT

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