Em meio ao mais grave processo de entreguismo e de privatismo já imposto ao Brasil por qualquer governo da história republicana, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e o deputado Patrus Ananias (PT-MG) iniciam nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a etapa de lançamento, nos estados, da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.
“Este é um momento em que precisamos afirmar a identidade do nosso país e do nosso povo. Estamos vivendo uma operação de desmonte dos direitos e conquistas sociais e de desmonte do país, de entrega do Brasil, das nossas riquezas”, assinala Patrus em vídeo postado neste domingo em seu perfil no Facebook.
O deputado condena o que chama de “onda total de privatização”, posta em curso pela facção que tomou de assalto o poder no ano passado. “É claro que nós queremos o setor privado, mas é fundamental que tenhamos um Estado democraticamente forte para pensar o futuro. Por mais comprometidos que sejam com o bem comum, os empresários não têm uma concepção de país, de pátria. Não podem planejar o futuro. Este é um papel do Estado, do Estado Democrático de Direito. Então, temos que preservar as instituições democráticas, preservar o Brasil para as gerações futuras”.
O lançamento da Frente em Minas Gerais, na tarde de amanhã, foi antecedido na semana passada pela decisão do governo de privatizar 57 empresas e projetos, sob o pretexto de melhorar as contas públicas e o desempenho da economia. Também na semana passada, o governo avançou no rumo de entregar as riquezas minerais do Brasil, ao extinguir a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), área amazônica rica em ouro e outros minérios.
“Estão colocando o Brasil à venda, a preço baixo para os compradores, e destruindo, acima de tudo, a soberania nacional”, acusa Patrus.
A agenda entreguista denunciada e repudiada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional inclui, entre múltiplas ações já executadas ou anunciadas:
– a destruição da cadeia de petróleo e gás;
– a entrega do pré-sal, de gasodutos, refinarias e outros ativos da Petrobras para
concorrentes estrangeiras;
– a venda das usinas da Eletrobras e da Cemig e a mudança o marco regulatório do setor
elétrico para escancará-lo ao capital estrangeiro;
– a entrega da exploração de minério;
– a liberação total da venda de terras para estrangeiros.
(AP )