Autoridades, personalidades e políticos demonstraram solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa quarta-feira (12). O juiz Sérgio Moro condenou Lula em primeira instância e a decisão foi divulgada no início desta quarta.
A parcialidade do juiz e a perseguição política que marcaram o processo contra o ex-presidente foram alvo de críticas. Muitos pontuaram que a perseguição a Lula é na verdade uma perseguição é uma estratégia para impedir a candidatura do ex-presidente em 2018.
Durante a tarde desta quarta-feira, o ex-presidente Lula recebeu ligações dos ex-presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Paraguai, Fernando Lugo. A presidente eleita Dilma Rousseff também fez uma declaração de apoio a Lula. "A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, a 9 anos e seis meses de prisão, é um escárnio. Uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil. Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia", afirmou Dilma.
“Estamos do seu lado Lula, nossa solidariedade à você. Você tem no Partido dos Trabalhadores gente que nunca vai te deixar. Temos muito orgulho de você”, afirmou a presidenta nacional do PT e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em fala no plenário do Senado.
Lula também recebeu ligações dos principais líderes dos movimentos sociais e das centrais sindicais do país. Entre eles, o presidente da CUT, Vagner Freitas, o líder do MTST, Guilherme Boulos, o líder nacional do MST, João Pedro Stédile, além do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana. Os governadores Camilo Santana, do Ceará, Flávio Dino, do Maranhão, Rui Costa, da Bahia, Wellington Dias, do Piauí, Tião Viana, do Acre, e Fernando Pimentel, de Minas Gerais, também manifestaram solidariedade ao ex-presidente. "Falo que não há provas consistentes para condenar o presidente Lula depois de ler a sentença inteira. Creio que será reformada nos Tribunais", declarou Flávio Dino.
Em nota, o PSOL também criticou a condenação. "Consideramos que a ação penal é frágil em termos de materialidade e provas. Não concordamos com o uso político da Operação Lava-Jato, na esteira da consolidação do golpe institucional, com vistas às eleições de 2018".
“Em um estado democrático de direito, esse processo sequer teria sido concluído, porque inexistem provas que possam incriminar o ex-presidente Lula. Quem fez prova de inocência sem estar obrigada a fazê-lo foi a defesa”, afirmou o deputado e jurista Wadih Damous (PT-RJ). “Ele utiliza esse processo como arma de perseguição”, finalizou.
“Uma decisão política, baseada em supostas convicções e sem provas. Nossa indignação e repúdio à decisão do juiz de primeira instância Sérgio Moro”, afirmou no Facebook a deputada Luizianne Lins (PT-CE).
“Condenação do presidente Lula é política e visa impedir sua candidatura em 2018. É hora de ocuparmos às ruas em defesa de Lula”, disse o lider do PT na Câmara Carlos Zarattini (PT-SP).
O líder do PT no Senado Lindbergh Farias (PT-RJ) lembrou que eleição sem Lula é uma farsa e que o povo deve ir para a rua defender o ex-presidente. “Temos que fazer uma denúncia internacional de uma fraude como essa”, disse. “Eu quero trazer minha indignação. Se eles acham que vamos aceitar mansos, estão enganados. Estão apostando na radicalização política desse país”.
Fonte: Lula