Na manhã desta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Sinésio Campos (PT) falou sobre ato da Mesa Diretora da Casa, que determinou a criação de um Fórum para articular, centralizar e potencializar as ações necessárias para gerar uma proposta de solução alternativa ao setor elétrico no Amazonas (e/ou na Amazônia), que possa assegurar um serviço de qualidade e com modicidade tarifária à população, conforme foi publicado do Diário Oficial do Legislativo, do último dia 23 de maio. Sinésio informou que esse Fórum é fruto do Grupo de Trabalho (GT) da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia, da qual é presidente.
O Governo Federal anunciou durante reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), no mês de março, em Brasília, a privatização de diversas empresas públicas, dentre as quais a Amazonas Distribuidora de Energia, que fornece energia elétrica para todo o Estado.
Declarando-se contrário à proposta, Sinésio afirmou que, além de possíveis demissões em massa, a privatização poderá não gerar nenhuma melhoria no fornecimento dos serviços à população, especialmente à do interior do Amazonas. Para justificar essa posição, o parlamentar disse que toma como exemplo o modelo que foi utilizado na privatização do sistema de abastecimento de água, somente atendeu a capital Manaus, porque é economicamente viável. “Foi privatizado o sistema de Manaus porque dá lucro, mas o interior do Estado continua sendo controlado pela Cosama”, declarou.
Diante do exposto, o deputado disse que o Fórum – composto por Universidades, Governo do Estado, Prefeituras e Câmara de Vereadores – irá de imediato adotar algumas medidas jurídicas, porque o GT já tem os elementos necessários, estudos e debates realizados em relação aos impactos que uma privatização irá gerar. “Vamos tentar embargar mesmo. Trabalhar para que isso não se concretize”, concluiu.
Fonte: Aleam