A taxa de desemprego no Brasil continua em trajetória de alta e fechou o primeiro trimestre do ano com novo patamar recorde de 14,2 milhões (13,7%) de pessoas desempregadas. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28), dia em que a população cruza os braços na maior greve geral da história recente do País, contra as reformas Trabalhista e Previdenciária do governo golpista de Temer.
A deputada Maria do Rosario (PT-RS) usou a sua conta no twitter para comentar a pesquisa e fez uma associação do índice de desemprego, que continua aumentando, com a adesão à greve geral. “Não faltam motivos para o Brasil parar. E ele parou. Governo sem legitimidade e apoio popular”.
Os dados divulgados mostram que há mais 3,087 milhões de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 27,8% ou 3,1 milhões a mais de pessoas sem um posto de trabalho. Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 1,9% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,692 milhão de postos de trabalho. Aos 88,947 milhões de pessoas, a população ocupada atingiu o menor patamar desde o trimestre encerrado em abril de 2012.
A população ocupada foi a 88,947 milhões de pessoas em março, o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2012, início do levantamento, após recuo de 1,9 por cento sobre o mesmo período de 2016.
Carteira de trabalho – O mercado de trabalho brasileiro perdeu 1,225 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,5% no trimestre encerrado em março de 2017, ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pnad Contínua.
O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado encolheu para 33,406 milhões de pessoas no trimestre até março, o menor patamar da série histórica da pesquisa.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 4,7%, com 461 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 10,8% ante o trimestre encerrado em março de 2016, com 403 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria encolheu 4,6% no período, com 1,074 milhão de pessoas a menos nessa condição.
Houve redução ainda de 162 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,6% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 0,5%, com 10 mil ocupados a mais.
O IBGE informou ainda que a renda média do trabalhador subiu 2,5 por cento no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, alcançando 2.110 reais.
Fonte: PT na Câmara com agências