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Pesquisa para medicamento alternativo contra leishmaniose avança com apoio do Inpa


Estudos foram realizados pelo estudante de farmácia Bruno Bezerra Jensen, que participa do Programa de Iniciação Científica do Inpa. Crédito: Ascom/MCTIC

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, está realizando estudos para desenvolver um medicamento alternativo para combater a leishmaniose a partir de extratos das flores e folhas de uma planta aromática conhecida como catinga-de-mulata (Tanacetum vulgare), muito comum na região amazônica. O objetivo é desenvolver um medicamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais, como insuficiência renal, hipotensão e hipopotassemia.

As pesquisas começaram com um levantamento das plantas com atividades antileishmania e, no caso da catinga-de-mulata, os resultados se revelaram promissores. "Nosso grupo de pesquisa vem rastreando substâncias com atividades leishmanicida com produtos sintéticos, semissintéticos e naturais. E os estudos com a catinga-de-mulata começaram há um ano e meio", disse a líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Chagas e Leishmaniose, a bióloga Antonia Maria Ramos Franco.

Os estudos foram realizados pelo aluno do curso de farmácia Bruno Bezerra Jensen, que participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Inpa. Ele produziu extratos com atividades antileishmania para duas espécies do parasita (Leishmania guyanensis e a Leishmania amazonensis), sendo a L. guyanensis a de maior incidência no Amazonas.

"Possivelmente, a partir de testes farmacológicos, pode-se criar uma formulação mais acessível e de fácil uso pela população para combater a leishmaniose, que é considerada um problema de saúde pública na região amazônica", explicou o pesquisador.

Os resultados serão apresentados no V Congresso de Iniciação Científica (Conic), que começou nesta segunda-feira (18). Até sexta-feira (22), serão realizadas palestras, mesas-redondas e apresentações de 196 trabalhos desenvolvidos pelos bolsistas e orientadores das diversas áreas de pesquisas do Inpa. O programa de Iniciação Científica é voltado para o desenvolvimento da ciência a estudantes de graduação com o objetivo de proporcionar aprendizagem e aperfeiçoamento de jovens talentos, gerando benefícios ao desenvolvimento científico e tecnológico da região.

O Conic é uma parceria do Inpa com o Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Fonte: MCTIC

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