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"Ainda há muita violência contra a mulher", diz ministro sobre redação do Enem


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, parabenizou os responsáveis pela escolha do tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano e declarou que o assunto deve servir como uma reflexã o País e para as escolas brasileiras. O assunto escolhido doi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

“Apesar de leis importantes, como a Lei Maria da Penha, a Lei de Combate ao Feminicídio e as Delegacias das Mulheres, a violência contra a mulher ainda tem indicadore preocupantes no País e está presente em todos os lugares”, comentou o ministro durante entrevista nesSe domingo (25).

“As pessoas podem divergir na construção do texto de determinadas opiniões, mas, na educação, você tem que conhecer e saber argumentar sobre temas atuais. Defendo integralmente esta pauta”.

Ele ainda destacou que considera uma ótima oportunidade para colocar os mais de 7 milhões de candidatos que compareceram ao exame para pensar sobre o tema “e, quem sabe, diminuir a violência, com um grande avanço para a cidadania e democracia brasileira”.

Mercandante também rebateu as críticas em relação a uma questão que cita a filósofa e feminista, Simone de Beauvoir. “Ela foi uma intelectual internacionalmente reconhecida.

A grande contribuição dela é a luta pelos direitos de participação das mulheres. Esse é o contexto do debate”, disse.

O ministro lembrou que em meados dos anos 1930 o País não concedia o direito a voto para as mulheres e que, até 1962, as mulheres no Brasil eram consideradas no âmbito

jurídico relativamente incapazes, ou seja, não tinham direitos.

Nas provas do Enem, Mercadante frisou que a equipe do MEC não tem acesso aos temas ou questões escolhidas, que são feitas por um corpo de professores e pesquisadores universitários. “A escolha dos temas é feito com extremo sigilo. Eu não opino e não tenho acesso. Fiquei sabendo quando foi divulgado para todos, neste domingo”.

Fonte: Portal Brasil

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