O Ministério da Educação (MEC) divulgou na quarta-feira (16) a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNC), que deverá nortear o Ensino Básico no País. Entre 25 de setembro e 15 de dezembro, o governo receberá contribuições para o documento, disponível para consulta pública. A Base Nacional apresenta os conteúdos para as áreas de linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas em cada etapa escolar do estudante.
Prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2014-2023, sancionado em 2014, a base norteará o Ensino Básico no Brasil. A proposta final deverá ser entregue até abril ao Conselho Nacional de Educação.
“[A proposta] é uma base de discussão para determinar o que cada aluno deve saber. Para saber, por exemplo, o que se deve aprender de matemática em cada ano, como e quando se deve aprender equações de segundo grau, como deve ser o desenvolvimento da biologia”, explicou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
Segundo o documento preliminar, a BNC terá 60% dos conteúdos a serem aprendidos na Educação Básica do ensino público e do privado, e os 40% restantes serão determinados regionalmente, com abordagem que valorize peculiaridades locais e também que considere escolhas de cada sistema educacional sobre as experiências e conhecimentos a serem oferecidos aos estudantes ao longo do processo de escolarização.
De acordo com Janine, no documento final, o percentual poderá ser alterado de acordo com cada disciplina. “[A BNC] iguala as oportunidades e vai fazer com que cada região seja emponderada”, enfatizou o ministro.
Durante a apresentação do documento, Janine afirmou que a consulta pública é um importante instrumento que permitirá à sociedade brasileira contribuir para a construção dos currículos dos ensinos Fundamental e Médio.
“É muito importante que cada componente curricular seja amplamente discutido por todos que trabalham com esses componentes, sejam professores, pesquisadores, mas também por todos os membros da sociedade.”
A proposta traz um conjunto de temas integradores, como sustentabilidade, tecnologia, educação financeira, questões dos direitos humanos, além de incluir a diversidade de gênero, que poderá estar presente em mais de uma área de conhecimento.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação e da Agência Brasil