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Nanossatélite será lançado ao espaço nesta quarta (19)


O satélite de pequeno porte Serpens, desenvolvido por estudantes de universidades federais, será enviado, nesta quarta-feira (19), à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pelo veículo japonês H-IIB. É o primeiro nanossatélite do projeto Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens), criado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). A AEB investiu cerca de R$ 800 mil no nanossatélite. O lançamento poderá ser acompanhado pela internet.

O principal objetivo do projeto Serpens é a capacitação de engenheiros e técnicos, além de consolidar cursos brasileiros de engenharia espacial. A missão do equipamento é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), responsável por colher informações ambientais do País.

Em órbita, ele irá agrupar dados recebidos por rádio no computador de bordo e depois enviá-los para as estações de solo das universidades que integram o consórcio acadêmico que desenvolveu o cubesat.

Dimensões

Pesando 2,6 quilos e com dimensões de 10 centímetros x 10 centímetros x 30 centímetros, o Serpens foi desenvolvido por alunos dos cursos de engenharia aeroespacial das universidades de Brasília (UnB), Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal do ABC (UFABC) e Federal de Santa Catarina (UFSC). O Instituto Federal Fluminense (IFF) foi parceiro no processo de instalações das estações de solo.

"Essa primeira missão do projeto Serpens está sendo coordenada pela UnB. A ideia é que cada instituição coordene pelo menos uma missão", explica o diretor de Satélites da AEB, Carlos Gurgel. Os projetos de nanossatélites como este, diferentemente das ações de desenvolvimento de satélites, têm foco na educação.

Tecnologia

O Serpens foi desenvolvido em um ano e meio. Parte da tecnologia dele é brasileira e alguns equipamentos foram adquiridos de diferentes empresas do exterior. "Fizemos essa opção para que os estudantes pudessem exercitar a engenharia de sistemas, que é a integração de partes diferentes", explica Figueiró.

Segundo Pedro Nehme, bolsista da AEB, mesmo que algum problema no lançamento do veículo H-IIB impeça o Serpens de chegar à ISS, a missão pode ser considerada bem sucedida. "Os nanossatélites tem uma abordagem na construção. Quando chegamos ao estágio em que o cubesat está pronto para ser lançado, estamos com 90% dela concluída", detalha Nehme, que será o primeiro brasileiro civil a ir ao espaço.

Após chegar à ISS, o nanossatélite entrará numa lista de espera para ser posto em órbita. A previsão é de que o lançamento ocorra até a primeira semana de outubro. O Serpens ficará em órbita a 400 quilômetros de altura. Essa distância permite que o satélite fique no espaço por até seis meses, antes de retornar à Terra.

Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia

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