Alunos da rede pública de ensino de todo o País foram premiados, nesta segunda-feira (20), pela edição de 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
As trigêmeas Fábia, Fabíola e Fabiele Loterio estiveram presente na cerimônia de entrega de medalhas, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. Aos 15 anos, e cursando o 1º ano do ensino médio na Escola Estadual Alice Holzmeister, na zona rural da cidade de Santa Leopoldina, no Espírito Santo, as jovens conquistaram medalha de ouro na olimpíada de 2014. Para as três, o estudo de matemática ficou muito mais fácil e agradável depois que começaram a participar da olimpíada, em 2011.
Para Fábia, participar da Olimpíada abre portas e mostra como o estudo pode mudar a vida do estudante. “Passei a gostar muito mais de matemática. Sempre gostei, mas depois da Obmep [o interesse] foi muito maior", disse, revelando que estava emocionada em receber o prêmio.
Para Fabiele, a forma como a matéria é apresentada é que conquista o aluno. “Usa também mais lógica e força a pensar. Não é como na escola. É diferente.”
Mais de 18 milhões de estudantes, de 99,41% dos municípios do País, disputaram as premiações. Do total, 501 conquistaram medalha de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil de bronze. Quando a competição começou, em 2005, eram cerca de 10 milhões de estudantes.
Construindo o País
Os ministros da Educação, Renato Janine, e da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, participaram da cerimônia de premiação. Janine afirmou que o desempenho dos estudantes favorece o crescimento do País. “Se eu posso sugerir uma coisa, orgulhem-se muito da história de vida que vocês já têm e pensem na história de vida que vocês vão construir com muito carinho, muita ambição, porque todos merecem.”
O ministro Aldo Rebelo, que também participou da cerimônia, elogiou o empenho dos estudantes premiados, que tiveram de enfrentar dificuldades, por morarem em regiões com pouca estrutura e, ainda assim, conseguiram conquistar medalhas. “É preciso que no nosso esforço de promover o ensino de matemática tenha a decisão de retirar da exclusão lamentável parte de nossa população que não sabe nem contar”, analisou.
Todos os medalhistas de ouro têm direito de participar do Programa de Iniciação Científica (PIC), no qual, durante um ano, têm aulas de matemática aos sábados em universidades públicas do País. Eles recebem bolsas de R$ 100 por mês em recursos liberados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil