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Buracos negros atraem multidão para conferência na SBPC


O fascínio humano pelos segredos do Universo ficou evidente hoje na palestra da astrofísica brasileira Thaisa Storchi Bergmann, na 67a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Carlos, no estado de São Paulo. Não teve espaço no auditório para comportar todos que queriam ouvir explicações sobre os buracos negros, um dos fenômenos mais misteriosos do espaço.

Apesar do nome, Thaisa explicou que os buracos negros são na verdade objetos com uma grande quantidade de matéria acumulada em um raio reduzido. “Para que a Terra formasse um buraco negro, por exemplo, teria que ser compactada até ter um raio de 9 milímetros.” A astrofísica relata que apesar de nunca terem sido vistos, os cientistas sabem que eles existem a partir da observação dos seus arredores, pois atraem tudo o que passa por perto, até a luz. “Ninguém nunca viu um buraco negro. A gente enxerga a luz que passa perto. A luz se curva por causa da atração gravitacional. Mas é uma concepção artística, eles são muito pequenos e estão muito longe”.

Segundo Thaísa, o buraco negro mais próximo da terra está no centro da via láctea, há 26 mil anos luz, ou seja, viajando na velocidade da luz, levaria-se 26 mil anos para chegar lá. A pesquisadora, premiada este ano pela Unesco por ter descoberto a radiação vinda de um disco de acressão (nuvem de gás aquecido que gira em volta dos buracos negros ativos antes de ser sugada) no centro de uma galáxia distante, disse que com a tecnologia atual não precisa nem sair de casa para fazer suas observações.

Foto: Nasa

Fonte: Agência Brasil

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