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Pesquisas avançam na descoberta de substâncias contra a malária


Estudos são desenvolvidos a partir de substâncias bioativas isoladas em mais de 15 espécies de plantas da região amazônica

Estudos realizados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) avançam nas descobertas de novas substâncias capazes de matar os parasitas da malária. As pesquisas são desenvolvidas a partir de substâncias bioativas isoladas em mais de 15 espécies de plantas da região amazônica.

Entre as substâncias mais promissoras estudadas pelos pesquisadores está o 4-nerolidilcatecol (4-NC), extraído da Piper peltatum, planta medicinal popularmente conhecida como caapeba-do-norte ou pariparoba.

A substância é utilizada em forma de chá no tratamento da malária, das dificuldades de digestão, infecções no sistema urinário, febre, picadas de inseto, dentre outras enfermidades.

A doença

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, que introduz no sistema circulatório do hospedeiro os micro-organismos presentes na sua saliva, os quais se depositam no fígado onde maturam e se reproduzem.

Desde 2000, os pesquisadores do Inpa realizam estes estudos, por meio do grupo de pesquisas do Laboratório de Princípios Ativos da Amazônia (Lapaam), coordenado pelo pesquisador Adrian Martin Pohlit, juntamente com o Laboratório de Malária e Dengue, tendo à frente o pesquisador Wanderli Pedro Tadei, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas.

Estudos in vitro

Estudos in vitro (em tubos de ensaio no laboratório), conduzidos por um dos integrantes do Lapaam, o bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI/Inpa), o farmacêutico Luiz Francisco Rocha, demonstraram uma importante atividade antimalárica em culturas de Plasmodium falciparum, parasita responsável pela forma grave de malária.

Também foi realizada a avaliação da atividade antiplasmódica contra o Plasmodium vivax, espécie responsável por mais de 70% dos casos de malária nas Américas.

De acordo com o bolsista, nos últimos dois anos, as pesquisas avançaram sobreos derivados de 4-NC, no sentido de explorar seu potencial de droga. “Acredito que em pouco tempo os derivados desta substância poderão estar disponíveis para futuros testes clínicos com pacientes”, disse Rocha.

Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia

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